28.5.08

Maria Bonita


A Maria Bonita
A mulher tem na face dois brilhantes
Condutores fiéis do seu destino
Quem não ama o sorriso feminino
Desconhece a poesia de Cervantes
A bravura dos grandes navegantes
Enfrentando a procela em seu furor
Se não fosse a mulher mimosa flor
A história seria mentirosa
Virgulino Ferreira, o Lampião
Bandoleiro das selvas nordestinas
Sem temer a perigo nem ruínas
Foi o rei do cangaço no sertão
Mas um dia sentiu no coração
O feitiço atrativo do amor
A mulata da terra do condor
Dominava uma fera perigosa
Mulher nova, bonita e carinhosa
Faz o homem gemer sem sentir dor.
Maria Gomes de Oliveira (Maria Bonita)
Glória, 8 de março de 1911 á 28 de julho de 1938
Determinada, forte e ao mesmo tempo meiga e carinhosa.
Assim foi Maria Bonita que depois de um casamento frustrado, em 1929 tornou-se a mulher de Virgulino Ferreira da Silva (O temido Lampião), também conhecido como o Rei do Cangaço.
Morando ainda na fazenda dos pais, Maria Bonita logo foi chamada por Lampião para fazer efetivamente parte do bando de cangaceiros, com quem viveria uma historia de amor com um dos Homens mais temidos da época, por oito anos, viveu nas matas escondendo-se das volantes policiais que viviam no encalço de Virgulino e seu bando.
Maria Bonita teve uma filha de nome Expedita e também teve três abortos.
Morreu em 28 de julho de 1938 juntamente com seu amado lutando até o fim, quando foi degolada ainda viva pela polícia (conhecida como "volante"), assim como Lampião e outros nove cangaceiros.

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